Eu não consigo sair daqui. É tudo muito fechado. Me falta ar. Meu coração não para, eu quero acalmá-lo. Eu quero me acalmar.
Essa sensação me persegue. É ruim. Eu tenho que me policiar, saber onde quero estar, saber como devo agir. É no trabalho, na faculdade, quando decido sair de casa, o controle me foge das mãos com muita força. Quando eu consigo estar em lugares comuns, onde grande parte das pessoas convivem tranquilamente, o desconforto aparece. Eu faço, eu estou, mas é uma luta interna. Fico esgotado.
Eu sei que o risco não é real. As pesquisas, os índices mostram que estou em lugares seguros. Nada disso vale para mim. Até respeito, mas não sou capaz de confiar. O meu íntimo diz que estou certo, que devo me proteger.
Hoje decidi buscar ajuda. Cheguei na porta do consultório a duras penas. Tentei voltar várias vezes. Já fiz isso em outros momentos. Só que agora eu aceitei que preciso resolver essa dor. Ela ocupa um espaço muito grande, quero dar espaço para outras coisas.
Sentei. Falei meu nome. Ela se apresentou. Ela viu que eu não parava de olhar para as paredes, e disse: Você está em um ambiente seguro. Suspirei. Como esperei para ouvir isso. É o que eu almejo sentir mais e mais vezes. Hoje foi só o primeiro dia. Um dia muito importante para mim.
A claustrofobia é caracterizada principalmente pelo sentimento de medo, angústia e ansiedade quando a pessoa se encontra em ambientes fechados ou desconfortáveis ou até mesmo quando se imaginam em tal situação. Os principais da claustrofobia são:
- Sudorese;
- Taquicardia;
- Boca seca;
- Medo e angústia.