O dia começou nublado, meio sem sentido ou algo que me faça sorrir. Sentimento estranho esse, mas ele está aqui, não tem como negar. Por que ele não vai embora? Não quero isso para mim.
Afinal, quando a gente fala de depressão todo mundo se sensibiliza com a situação, ninguém quer estar em nosso lugar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde* (OMS), a depressão situa-se em 4º lugar entre as principais causas de ônus, respondendo por 4,4% dos ônus acarretados por todas as doenças durante a vida. Ocupa 1º lugar quando considerado o tempo vivido com incapacitação ao longo da vida (11,9%). Forte isso, de verdade.
Então, isso significa que isso não é um problema só meu. Mas, também, não fala do motivo desse sentimento ruim. Importante é saber de onde ele vem e o que o mantém. O diagnóstico da depressão é clínico, feito pelo médico após coleta completa da história do paciente e realização de um exame do estado mental. Não existe exames laboratoriais específicos para diagnosticar a doença mental. Sim, a depressão é uma doença.
Ao assumir o problema, você assume que há solução. O essencial, sempre, é seguir à risca o tratamento. Você cuida de você, assim como eu quero cuidar de mim. Vai valer muito a pena.
* Fonte: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/depressao
A depressão é uma doença séria, mas completamente tratável. No entanto o tratamento pode ser longo e exigir, em alguns casos, o uso de medicamentos. Os sintomas de depressão são:
- Tristeza;
- Humor deprimido, que se caracteriza por desânimo persistente, baixa autoestima, sentimentos de inutilidade;
- Perda de interesse em atividades que antes a pessoa apreciava;
- Mudança de apetite;
- Ganho ou perda de peso;
- Insônia;
- Dormir em excesso;
- Perda de energia ou fadiga acentuada;
- Movimentos físicos sem sentido, como apertar as mãos de forma constante e nervosa;
- Sentir-se sem esperança;
- Sentir-se culpado;
- Dificuldades para raciocinar, se concentrar ou tomar decisões;
- Pensamentos de morte ou suicídio;
- Irritabilidade, ansiedade e angústia;
- Necessidade de um grande esforço para fazer coisas que antes eram fáceis;
- Diminuição ou incapacidade de sentir alegria;
- Sentimentos de medo, insegurança, desespero, desamparo e vazio;
- Interpretação distorcida e negativa da realidade;
- Diminuição do desejo e do desempenho sexual;
- Dores e outros sintomas físicos sem uma causa aparente, como dores de barriga, azia, má digestão, diarréia, prisão de ventre, gases, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito.
Alguns dos sintomas são claramente físicos, como movimentos involuntários, dores, ganho de peso, perda de apetite, sono em excesso ou insônia. E se alguns deles parecem contraditórios, é porque nem todos aparecem ao mesmo tempo. Essa é uma doença complexa e cheia de nuances, que pode se manifestar de maneiras diferentes de pessoa para pessoa.